quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estréia do Filme Brasileiro sobre Prostituição 23/04



Embora seja muito comum no âmbito social falar sobre prostituição, me senti no dever de escrever mais uma vez sobre esse tema que ainda choca e ao mesmo tempo é tão normal aos olhos da sociedade.

A prostituição ou a mais velha profissão do mundo, sintam-se a vontade para se dirigir como quiserem, é um trabalho com mil e um questionamentos e incertezas, não consigo entender as vantagens de se viver assim, mais juro que eu tento.

Ao ler alguns livros me deparo com jovens que se prostituem simplesmente por gostarem muito de sexo, absurdo? Talvez, gostar e receber por isso é realmente bom aos olhos, mais até quando?
Essas perguntas ficam na minha cabeça sempre que eu tento entender, o querer, o gostar, o precisar e o não ter outra opção.

Todo dia quando vou para a faculdade, vejo aquele “monte” de jovens nas esquinas, prontas para o trabalho. Certo dia, parei porque estava realmente curiosa para saber como era a vida, como funcionava, entre outras coisas.

Hoje eu fico pensando que loucura, parar o carro, sozinha descer e conversa com elas, coisas de uma quase jornalista formada, louca para fazer o TCC da vida.

Me lembro que quem me recebeu foi a Dany, uma menina de 17 anos, estatura mediana, cabelos escuros e olhos claros. Ficamos conversando bastante, ela me contou como era o seu dia-a-dia ali, “eu faço isso porque tenho uma filha novinha para criar, sou mãe solteira e estudante de uma escola publica, preciso de um dinheiro extra e assim eu consigo”.

Típico caso de quem precisa e também faz porque quer, isso na minha opinião, não pretendo induzir ninguém a achar nada, mais uma garota de 17 anos podia muito bem trabalhar em qualquer outra coisa e ganhar dinheiro para sustentar ela e o seu filho.

Mais ai é que entra a questão da facilidade, eu ouvi bastante “ah o que eu ganho em uma semana, não ganharia em um mês”, isso realmente é bem verdade, mais e os sacrifícios?

Os prós e os contras aparecem com o continuar das conversas, eu quis procurar entender um pouco mais a vida de uma garota de programa ou prostituta, como elas preferem ser chamadas e percebi que é muito mais tenso do que eu sempre imaginei. Ao mesmo tempo muito instigante, desafiador é a palavra.

As profissionais do sexo passam por cada coisa, cada situação, digno de pessoas fortes, nas horas que eu penso nisso, já me questiono, por que não legalizar logo a profissão?

Os religiosos ao extremo que não vejam o meu texto, mais do que adianta não legalizar, ira acabar?, não vai... então acredito que cada um trabalha no que quiser e se sentir melhor.

Na verdade, resolvi escrever tudo isso, por causa do lançamento do filme brasileiro que contará a história de meninas de programa, o filme é baseado no livro “As meninas da esquina”, da jornalista Eliane Trindade que retrata a vida de meninas das comunidades do Rio de Janeiro.

Segue em anexo a matéria:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/04/estreia-sonhos-roubados-da-voz-a-meninas-de-comunidades-do-rio.html

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